A alienação parental é um problema que tem recebido cada vez mais atenção nos últimos anos.
Trata-se de uma prática que ocorre quando um dos pais ou responsáveis de uma criança, ou
adolescente tenta prejudicar o relacionamento deste com o outro genitor. Essa prática pode ser
extremamente prejudicial para a saúde emocional e psicológica da criança ou adolescente, bem
como para a relação com os pais e familiares envolvidos.
Os efeitos da alienação parental são muito preocupantes. A criança pode desenvolver uma série
de problemas emocionais e psicológicos, como depressão, ansiedade, distúrbios de
comportamento e problemas de saúde mental. Além disso, a alienação parental pode ter um
impacto significativo na relação do genitor alienado com a criança, prejudicando a formação de
vínculos saudáveis e duradouros.
Um dos principais sinais de que uma criança está sofrendo com a alienação parental é a falta de
vontade de estar na presença do genitor alienado. A criança pode recusar-se a falar sobre ele
ou mesmo mencionar seu nome. Também pode justificar que não quer visitá-lo ou estar com
ele e até mesmo disseminar mentiras e emoções infundadas contra o genitor.
A alienação parental é uma prática extremamente prejudicial para a saúde emocional e
psicológica das crianças e adolescentes envolvidos. Ela pode ocorrer de diversas formas, e é
importante que os pais e responsáveis estejam atentos a possíveis sinais de alienação parental
para poderem agir e prevenir o problema.
A seguir, apresentamos alguns exemplos de comportamentos que podem configurar a alienação
parental:
1- Dificultar ou impedir o contato da criança com o outro genitor
Um dos comportamentos mais comuns de alienação parental é dificultar ou impedir o contato
da criança com o outro genitor. Isso pode ocorrer de diversas formas, como não atender ou
retornar as ligações, não permitir que a criança passe um tempo com o outro genitor ou até
mesmo mudar de cidade ou país sem o consentimento do outro genitor.
2- Fazer comentários negativos sobre o outro genitor na frente da criança
Fazer comentários negativos sobre o outro genitor na frente da criança é outra forma de
alienação parental. Isso pode incluir dizer que o outro genitor não se importa com a criança, que
é irresponsável ou até mesmo que não a ama. Esse comportamento pode fazer com que a
criança desenvolva uma visão distorcida do outro genitor e passe a rejeitá-lo.
3- Criar obstáculos para a convivência da criança com o outro genitor
Além de dificultar ou impedir o contato da criança com o outro genitor, o genitor alienador
também pode criar obstáculos para a convivência da criança com o outro genitor. Isso pode
incluir exigir que a criança esteja disponível apenas em horários inconvenientes, marcar
atividades para o mesmo horário do convívio com o outro genitor até ou mesmo proibir a criança
de levar presentes ou lembranças para casa do outro genitor.
4- Manipular uma criança para que ela rejeite o outro genitor
Manipular uma criança para que ela rejeite o outro genitor é outra forma grave de alienação
parental. Isso pode incluir dizer que o outro genitor não a ama, que não quer vê-la ou até mesmo
que não se importa com ela. O genitor alienador também pode manipular uma criança para que
ela acredite que o outro genitor é responsável por problemas ou conflitos na família.
5- Criar falsas pressões contra o outro genitor
Por fim, o genitor alienador também pode criar falsas emoções contra o outro genitor para
afastá-lo da criança. Isso pode incluir violência doméstica, abuso sexual ou até mesmo
negligência. É importante ressaltar que tais manifestações devem ser investigadas e
comprovadas antes de serem consideradas verdadeiras.
A alienação parental pode ser classificada em leve, moderada ou grave, de acordo com a
intensidade dos comportamentos alienadores. Nos casos mais graves, a criança pode
desenvolver um forte sentimento de repúdio em relação ao genitor alienado, chegando a
acreditar em confiança infundada e adotar um comportamento hostil em relação a ele.
O impacto da alienação parental pode ser devastador para as crianças envolvidas. Estudos
indicam que a alienação parental pode levar a uma série de consequências negativas para a
saúde emocional e psicológica da criança. Além disso, pode prejudicar a relação da criança com
ambos os pais, dificultando a formação de vínculos saudáveis e duradouros.
Para combater a alienação parental, é importante que os pais e responsáveis tenham
consciência da gravidade do problema e busquem ajuda profissional para lidar com o
comportamento alienador. É fundamental que a criança tenha acesso a terapia para lidar com
as consequências emocionais do processo de alienação e, quando necessário, o judiciário deve
ser acionado para garantir a convivência do genitor alienado com a criança.
Os tribunais brasileiros já reconhecem a importância de combater a alienação parental e garantir
a convivência saudável da criança com ambos os genitores. Em 2010, foi sancionada a Lei nº
12.318/2010, que dispõe sobre a alienação parental e estabelece medidas para preveni-la e
combatê-la.
Conforme a lei, a alienação parental é considerada uma forma de abuso moral contra
criança ou adolescente e pode acarretar sustentar civis e criminais para o genitor alienador.
Além disso, a lei determina que, em casos de suspeita de alienação parental, deve ser garantido
o direito de convivência da criança com ambos os genitores.
Para prevenir a alienação parental, é importante que os pais e responsáveis evitem a exposição
da criança a conflitos e discussões em relação à separação ou divórcio. É fundamental que a
comunicação entre os genitores seja clara e objetiva e que a criança, seja mantida fora do
conflito.
Também é importante que os pais e responsáveis incentivem a convivência da criança com o
outro genitor, sem interferir na relação entre eles. A criança deve ser estimulada a manter
vínculos saudáveis com ambos os pais, sem que haja a criação de obstáculos ou restrições.
Em casos em que a alienação parental já está presente, é importante buscar ajuda profissional
especializada para lidar com o problema. O acompanhamento psicológico da criança é
fundamental para que ela possa compreender a situação e lidar com as consequências
emocionais da alienação.
Além disso, é fundamental buscar apoio jurídico para garantir o direito de convivência da criança
com o genitor alienado. O judiciário pode determinar medidas para que a convivência seja
conduzida de forma saudável e segura para a criança.
Por fim, a alienação parental é uma prática extremamente prejudicial para a saúde emocional e
psicológica das crianças e adolescentes envolvidos. É fundamental que os pais e responsáveis
estejam conscientes da gravidade do problema e busquem ajuda profissional para lidar com o
comportamento alienador. Além disso, é importante que o judiciário atue para garantir o direito
de convivência da criança com ambos os genitores, sem haver interferências ou obstáculos.
Somente assim será possível garantir um desenvolvimento saudável e feliz para a criança.
