O Pix é um sistema de transferências bancárias instantâneas criadas pelo Banco Central do Brasil, que permite a realização de transações financeiras em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana.
No entanto, assim como acontece com outras formas, o Pix pode ser alvo de golpes e fraudes bancárias.
Um dos golpes mais comuns envolvendo o Pix é conhecido como “golpe do Pix reverso”, que consiste em convencer a vítima a fazer uma transferência para uma conta, alegando que essa transferência será revertida em dobro. Por exemplo, o golpista entra em contato com a vítima e diz que a transferência de R$ 1.000,00 será revertida em R$ 2.000,00 em poucos minutos. A vítima, então, faz a transferência, mas nunca recebe o dinheiro prometido.
Outro golpe comum é o “golpe do Pix agendado”, no qual o golpista convence a vítima a agendar uma transferência para outra conta. O golpista, então, entra em contato com o banco ou instituição financeira da vítima e alega que a transferência foi realizada por engano, solicitando o estorno. Com isso, a vítima acaba perdendo o dinheiro que transferiu.
Há também o “golpe do intermediário”, no qual o golpista se passa por intermediário de uma compra ou venda de um produto, ou serviço. A vítima realiza a transferência do valor acordado, mas o golpista não realiza a entrega do produto ou serviço, desaparecendo com o dinheiro da vítima.
Para evitar cair em golpes do Pix, é fundamental que o cliente fique atento a algumas medidas
de segurança, tais como:
1- Não compartilhe informações pessoais, como senhas e dados bancários, com desconhecidos;
2- Verifique o nome e o CPF/CNPJ do destinatário antes de realizar a transferência;
3- Confirmar a confiança dos dados e informações do beneficiário, como telefone, e-mail e endereço;
4- Não realizar transferências para desconhecidos ou pessoas que não conhecem bem;
5- Não se deixe levar por ofertas de dinheiro fácil ou promessas de ganhos imediatos.
Além disso, é importante que o cliente adote medidas preventivas, tais como:
- Habilitar as opções de segurança oferecidas pelo banco, como a exigência de senha para –
realizar transferências ou a limitação de valores para transações realizadas por meio do Pix; - Verificar constantemente a conta bancária para identificar possíveis transferências não
autorizadas ou suspeitas; - Não realizar transações bancárias em redes Wi-Fi públicas ou desconhecidas;
- Manter o antivírus do computador e do celular sempre atualizado.
Caso o cliente identifique que foi vítima de um golpe do Pix, é importante tomar medidas imediatas, como entrar em contato com o banco ou a instituição financeira, registrar um boletim de ocorrência e buscar orientação jurídica para ingressar com ações judiciais em busca da restituição dos valores pagos .
Cabe destacar que os bancos têm a responsabilidade de oferecer o cancelamento de segurança para prevenir fraudes bancárias e proteger seus clientes. No entanto, a responsabilidade de proteger as informações e evitar golpes é compartilhada entre os bancos e seus clientes. As instituições financeiras devem oferecer ferramentas de segurança e prevenir atividades suspeitas em suas plataformas, mas também é importante que os clientes estejam atentos e sigam as medidas preventivas para evitar cair em golpes.
Os bancos devem investir em tecnologias avançadas de segurança e sistemas de detecção de fraudes para garantir a proteção dos dados e das transações de seus clientes. Além disso, deve
oferecer treinamentos e campanhas de conscientização para orientar os clientes sobre os principais tipos de golpes e como evitá-los.
A Lei nº 14.155/2021, que entrou em vigor em junho deste ano, estabeleceu a criminalização de fraudes bancárias realizadas por meio eletrônico, incluindo o golpe do Pix e outras modalidades de fraude bancária. A lei prevê pena de reclusão de quatro a oito anos, além de multa, para quem cometer esses crimes.
Em resumo, o golpe do Pix reverso, do Pix agendado e do intermediário são exemplos de fraudes bancárias que podem gerar prejuízos financeiros para as vítimas. Para evitar cair nesses golpes, é fundamental que os clientes adotem medidas preventivas e vigiem atentos às informações e dados do beneficiário antes de realizar um download. Além disso, os bancos devem oferecer medidas de segurança para proteger seus clientes e investir em tecnologias avançadas para prevenir atividades suspeitas em suas plataformas. A responsabilidade de proteger as informações e evitar golpes é compartilhada entre bancos e clientes, e a Lei nº 14.155/2021 estabeleceu penas mais rigorosas para quem cometer fraudes bancárias realizadas por meio eletrônico e se infelizmente você está passando por isso, procure imediatamente um advogado para que não fique no prejuízo.